Animado por natureza, por sua levada nordestina, Rivotrill recorre ao pós-rock para mostrar a antropofagia em sua melhor performance.
Esqueçamos um pouco música brasileira. Falar em maracatu, frevo e até chorinho é a forma mais fácil de cair numa avaliação de Curva de Vento, o primeiro disco da carreira desta promissora banda de Pernambuco. Um álbum instrumental que alterna, a todo o momento, passagens introspectivas e propositadamente desengonçadas com esquetes nordestinamente animados de uma flauta orgânica e percussão bem grave.
Jazz, pós-rock, afro-beat, sutilezas, agressividade, Hermeto, Hancock, erudito. É como se Jethro Tull fumasse um e tropeçasse numa ladeira de Olinda. E nem precisamos dar conta disso, o que exatamente descende. O ideário da banda, o jeito de incorporar estas influências dá conta de tudo. Do chorinho podem vir os metais orgânicos e inesperados, mas na música do Rivotrill eles não parecem improvisos; um acorde do começo da música ganha sentido elevado lá no final, depois de ser construído metodicamente durante toda a composição.
Cada música é uma história bem contada, sem precisar de palavras. (Texto: Cabana do Pai)
Discografia
Curva de Vento (2008)
01. A Casa
02. Chuva Verde
03. Pirangueiro
04. Alaussa Quer Farinha
05. Cangote
06. Groove Tube
07. Curva de Vento
08. Capim Queimando
09. Espinho de Mandacaru
10. A Floresta e o Duende
02. Chuva Verde
03. Pirangueiro
04. Alaussa Quer Farinha
05. Cangote
06. Groove Tube
07. Curva de Vento
08. Capim Queimando
09. Espinho de Mandacaru
10. A Floresta e o Duende